Caixa Econômica dá início a financiamentos do Minha Casa Minha Vida para a classe média; veja as regras

ARAGUARI, MG — A Caixa Econômica Federal (CEF) iniciou na segunda-feira, 5 de maio, a oferta do crédito imobiliário da Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida. Esta nova modalidade é voltada para famílias de classe média, com renda mensal de até R$ 12 mil. O financiamento da Faixa 4 oferece uma taxa de juros nominal de 10% ao ano e permite um prazo de pagamento de até 420 meses, facilitando o acesso à casa própria para esse público.

Caixa Econômica dá início a financiamentos do Minha Casa Minha Vida para a classe média; veja as regras. Imagem: Jeane de Oliveira/FDR

No programa Minha Casa Minha Vida, os clientes podem financiar até 80% do valor de imóveis novos em qualquer região do Brasil. Para imóveis usados, a porcentagem de financiamento varia: 60% nas regiões Sul e Sudeste e 80% nas outras áreas. O valor máximo de compra e venda de imóveis no programa é de R$ 500 mil, oferecendo mais acessibilidade para as famílias adquirirem a casa própria.

No Minha Casa Minha Vida, a Faixa 4 oferece uma taxa de juros de 10% ao ano, o que representa uma grande vantagem em comparação com as taxas do mercado tradicional, que podem ultrapassar 12% anuais. Essa diferença proporciona uma economia considerável ao longo do tempo.

Além disso, houve um reajuste nos limites de renda das faixas anteriores. A Faixa 1 agora permite uma renda familiar de até R$ 2.850, a Faixa 2 sobe para R$ 4.700, e a Faixa 3 para R$ 8.600. Já a Faixa 4, que atende famílias com renda entre R$ 8.600 e R$ 12.000, agora está disponível para esse público.

O Minha Casa Minha Vida criou a Faixa 4 com o objetivo de ampliar o acesso à habitação. As taxas de juros dessa faixa são mais baixas em comparação com as cobradas pelos bancos, que geralmente acompanham de perto a taxa Selic. A Faixa 4 combina recursos do FGTS e de bancos operadores, oferecendo uma alternativa mais acessível para as famílias que buscam o financiamento da casa própria com condições facilitadas.

“O governo federal e a Caixa têm a expectativa de beneficiar cerca de 120 mil famílias ainda em 2025, que terão melhores condições para realizar o sonho da casa própria, graças ao Programa Minha Casa, Minha Vida”, diz em nota o presidente do banco público, Carlos Vieira.

Faixas do Minha Casa Minha Vida atualizadas

As faixas de renda do programa Minha Casa Minha Vida passaram por atualizações que ampliam o acesso à moradia para diferentes perfis de famílias brasileiras. Os critérios foram reajustados para tornar o programa mais inclusivo e eficaz. Com a reformulação, o programa agora possui as seguintes condições por faixa:

  • Faixa 1: destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2.850, oferece subsídio de até 95% do valor do imóvel;

  • Faixa 2: atende famílias com renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700, com possibilidade de subsídio de até R$ 55 mil e taxas de juros reduzidas;

  • Faixa 3: voltada a quem recebe de R$ 4.700,01 até R$ 8.600 por mês; não oferece subsídio, mas conta com condições de financiamento facilitadas.

No programa Minha Casa Minha Vida, os imóveis da Faixa 3 podem chegar ao valor de R$ 350 mil. As taxas de juros são de 8,16% ao ano, somadas à Taxa Referencial (TR), padrão do mercado habitacional. Participantes do programa que são cotistas do FGTS contam com uma redução na taxa, pagando 7,66% ao ano.

O desconto é de 0,5 ponto percentual. Famílias enquadradas nas faixas 1 e 2 podem solicitar financiamento pela Faixa 3. No entanto, ao fazer essa escolha, perdem o subsídio e aderem às condições da nova modalidade.

Quem pode participar do Minha Casa Minha Vida?

O programa Minha Casa Minha Vida é voltado para famílias de baixa e média renda, oferecendo acesso facilitado à moradia. Para participar, é necessário atender a critérios específicos, que garantam a inclusão social e priorizem quem mais precisa.

Os candidatos ao Minha Casa Minha Vida devem:

  • Não possui imóvel registrado em seu nome;

  • Ter renda familiar de até R$ 12.000 mensais na área urbana ou até R$ 96.000 anuais na zona rural;

  • Dar prioridade às mulheres como titulares da propriedade, em diversos casos;

  • Comprovar a presença de pessoas com deficiência, idosos, crianças ou adolescentes na composição familiar;

  • Estar em situação de risco, vulnerabilidade social ou emergência, incluindo calamidades;

  • Ser impactado por deslocamento involuntário devido a obras públicas federais ou estar em situação de rua.

O programa reforça o compromisso de oferecer moradia digna para quem mais precisa, promovendo inclusão e segurança habitacional.

 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.